O Autismo é uma disfunção global do desenvolvimento. É uma alteração que afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, de socialização (estabelecer relacionamentos) e de comportamento (responder apropriadamente ao ambiente — segundo as normas que regulam essas respostas). Esta desordem faz parte de um grupo de síndromes chamado transtorno global do desenvolvimento (TGD), também conhecido como transtorno invasivo do desenvolvimento (TID), do inglês pervasive developmental disorder (PDD). Entretanto, neste contexto, a tradução correta de "pervasive" é "abrangente" ou "global", e não "penetrante" ou "invasivo". Mais recentemente cunhou-se o termo Transtorno do Espectro Autista (TEA) para englobar o Autismo, a Síndrome de Asperger e o Transtorno Global do Desenvolvimento Sem Outra Especificação.
O grau de comprometimento é de intensidade variável: Algumas crianças, apesar
de autistas, apresentam inteligência e fala intactas, outras apresentam sérios
problemas no desenvolvimento da linguagem. Alguns parecem fechados e distantes,
outros presos a rígidos e restritos padrões de comportamento. Os diversos modos
de manifestação do autismo também são designados de espectro autista, indicando uma
gama de possibilidades dos sintomas do autismo. Atualmente já há a
possibilidade de detectar a síndrome antes dos dois anos de idade em muitos
casos.
Certos
adultos com autismo são capazes de ter sucesso na carreira profissional. Porém,
os problemas de comunicação e socialização causam, frequentemente, dificuldades
em muitas áreas da vida. Adultos com autismo continuarão a precisar de
encorajamento e apoio moral na sua luta para uma vida independente. Pais de
autistas devem procurar programas para jovens adultos autistas bem antes dos
seus filhos terminarem a escola.
SINTOMAS
O autismo acomete pessoas de
todas as classes sociais e etnias, mais os meninos do que as meninas. Os
sintomas podem aparecer nos primeiros meses de vida, mas dificilmente são
identificados precocemente. O mais comum é os sinais ficarem evidentes antes de
a criança completar três anos. De acordo com o quadro clínico, eles podem ser
divididos em 3 grupos:
1) ausência completa de
qualquer contato interpessoal, incapacidade de aprender a falar, incidência de
movimentos estereotipados e repetitivos, deficiência mental;
2) o portador é voltado para
si mesmo, não estabelece contato visual com as pessoas nem com o ambiente;
consegue falar, mas não usa a fala como ferramenta de comunicação (chega a
repetir frases inteiras fora do contexto) e tem comprometimento da compreensão;
3) domínio da linguagem,
inteligência normal ou até superior, menor dificuldade de interação social que
permite aos portadores levar vida próxima do normal.
Na adolescência e vida
adulta, as manifestações do autismo dependem de como as pessoas conseguiram
aprender as regras sociais e desenvolver comportamentos que favoreceram sua
adaptação e auto-suficiência.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é
essencialmente clínico. Leva em conta o comprometimento e o histórico do
paciente e norteia-se pelos critérios estabelecidos por DSM–IV (Manual de
Diagnóstico e Estatística da Sociedade Norte-Americana de Psiquiatria) e pelo
CID-10 (Classificação Internacional de Doenças da OMS).
TRATAMENTO
Até o momento, autismo é um
distúrbio crônico, mas que conta com esquemas de tratamento que devem ser
introduzidos tão logo seja feito o diagnóstico e aplicados por equipe
multidisciplinar.
Não existe tratamento padrão
que possa ser utilizado. Cada paciente exige acompanhamento individual, de
acordo com suas necessidades e deficiências. Alguns podem beneficiar-se com o
uso de medicamentos, especialmente quando existem co-morbidades associadas.
RECOMENDAÇÕES
* Ter em casa uma pessoa com
formas graves de autismo pode representar um fator de desequilíbrio para toda a
família. Por isso, todos os envolvidos precisam de atendimento e orientação
especializados;
* É fundamental descobrir um
meio ou técnica, não importam quais, que possibilitem estabelecer algum tipo de
comunicação com o autista;
* Autistas têm dificuldade de
lidar com mudanças, por menores que sejam; por isso é importante manter o seu
mundo organizado e dentro da rotina;
* Apesar de a tendência atual
ser a inclusão de alunos com deficiência em escolas regulares, as limitações
que o distúrbio provoca devem ser respeitadas. Há casos em que o melhor é
procurar uma instituição que ofereça atendimento mais individualizado;
* Autistas de bom rendimento
podem apresentar desempenho em determinadas áreas do conhecimento com
características de genialidade.
[DICA]: Caso
conheça outros pais de pessoas com Autismo, pergunte sobre os serviços
disponíveis, troque informações, troque experiências que serão de extrema
importância para ambos.
Fontes:
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